Características Gerais – Surgimento:
Os Jogos Paraolímpicos é basicamente um evento desportivo, composto por competições entre atletas de alto nível, desde portadores de deficiência, sejam elas sensoriais ou físicas. Os Jogos Paraolímpicos nada mais é do que jogos olímpicos tradicionais, feito apenas com esportes adaptados. Além disso, os jogos ocorrem no mesmo local que as Olimpíadas, porém são iniciadas logo após o seu encerramento. As únicas exceções ocorridas se deram nas edições de 1968, 1972, 1980 e 1984, por motivos distintos. A origem de competições esportivas entre pessoas portadoras de deficiências ocorreu nos Estados Unidos e na Inglaterra, devido ao grande número de homens que lutaram na Segunda Guerra Mundial e perderam algum membro ou sofreram algum tipo de trauma grave. Essas competições tinham como objetivo principal reabilitar os ex-combatentes e estimula-los fisicamente e emocionalmente. Os primeiros jogos dessa natureza foram organizados num hospital londrino, nos anos de 1948, voltado à recuperação de pessoas com lesões na medula óssea. Esse é considerado um marco do esporte adaptado. Após esse período, outros jogos foram organizados no mesmo local, porem, começava a reunir atletas de outros lugares para também participar.
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Esportes Paraolímpico:
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Atletismo: O objetivo é superar o adversário em competições diretas,seja por meio de corridas, saltos, lançamentos ou arremesso.
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Basquetebol em cadeira de rodas: O jogo é dividido em 2 times de 5 jogadores em cadeira de rodas, com o objetivo de acertar a bola na cesta o maior número de vezes antes que o tempo acabe.
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Bocha: O objetivo é lançar as bolas coloridas e mais perto possível da esfera branca. Quem acumula mais bolas próximas ao alvo vence.
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Canoagem velocidade: completar em menor tempo possível um trajeto de 200 metros (em uma linha reta e água calma) a bordo de caiaques.
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Ciclismo na estrada: sobre 2 (e as vezes 3) rodas, os ciclistas devem completar um percurso de estrada pré-determinado no menor tempo possível, sendo classificados pelo tempo realizado.
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Esgrima de cadeira de rodas: o objetivo é atingir uma área do corpo do adversário com uma arma de ponta cega, na cadeira de rodas.
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Futebol de 5: os atletas são deficientes visuais e tem os olhos vendados. São orientados pelo técnico, chamado e goleiro (não tem deficiência visual). Jogam com uma bola sonora na intenção de marcar mais gols.
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Futebol de 7: é uma versão do futebol adaptada para jogadores com paralisia cerebral. 2 times com 7 atletas lutam para fazer mais gols.
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Goalball: De olhos vendados, duas equipes de três jogadores devem marcar pontos lançando a bola (que tem guizos em seu interior) com as mãos em direção ao gol adversário e defender seu próprio gol.
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Halterofilismo: Em um teste extremo de força dos membros superiores, os atletas competem para levantar a maior carga de peso possível deitados de costas em um banco.
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Hipismo: O cavaleiro deve conduzir o cavalo para executar movimentos obrigatórios, como passos, trotes e galopes, e livres, coreografados ao som de uma música.
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Judô: O atleta deve derrubar o adversário com as costas voltadas para o chão, imobilizá-lo no solo por 20 segundos ou forçá-lo a desistir.
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Natação: Não importa a distância: seja 50m ou 400m, o atleta deve completar o percurso pré-determinado, nadando estilos específicos ou livre, no menor tempo possível.
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Remo: Os atletas devem remar um quilômetro em um percurso pré-determinado em linha reta – vence quem cruzar primeiro a linha de chegada.
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Rúgby em Cadeira de Rodas: Dois times, formados por quatro atletas cadeirantes cada, passam a bola entre si na tentativa de cruzar a linha de gol adversária e marcar pontos.
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Tiro com arco: O objetivo dos arqueiros é simples, mas nada fácil: acertar suas flechas no centro de um alvo posicionado a 50m ou 70m de distância.
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Tiro esportivo: Atletas com diferentes níveis de deficiência física têm como objetivo acertar os alvos eletrônicos com armas e somar mais pontos que seus adversários.
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Triatlo: Completar a prova, que compreende 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida, no menor tempo possível.
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Tênis de mesa: Seguindo os mesmos princípios do torneio Olímpico,o atleta deve lançar a bola com a raquete, por cima da rede, na área da mesa do adversário, somando pontos quando o oponente não conseguir devolvê-la.
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Tênis em cadeira de rodas: Com uma raquete, os atletas devem lançar a bola, por cima da rede, na área do adversário, marcando ponto quando o rival não consegue devolvê-la.
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Vela: Impulsionados pelo vento, barcos a vela guiados por atletas com deficiências físico-motoras e visuais devem completar o percurso determinado pelas boias em menos tempo que seus adversários.
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Voleibol sentado: Com seis atletas de cada lado, as equipes jogam sentadas, separadas por uma rede baixa, com o objetivo de acertar a bola dentro da quadra do adversário.
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Futebol para Cegos
O jogo de futebol para cegos também é chamado de “futebol de cinco”, já que traz muita influência do futebol de salão. Como o próprio nome diz, as equipes são formadas por cinco jogadores, de modo que quatro jogadores atuam na linha e um como goleiro.
Em competições não oficiais, os jogadores da linha podem ou não serem cegos totais. No sentido de proporcionar igualdade de condições, todos eles devem usar uma venda. A exceção é o goleiro que sempre terá cegueira parcial: sua função, além de defender as bolas atacadas contra o seu time, é de atuar como guia do time. Por outro lado, nas competições de cunho oficial, os quatro jogadores de linha deverão pertencer à classificação de cegueira total, de modo que a única função permitida ao portador de deficiência visual parcial é a de goleiro. O futebol para cegos, além da capacidade de inclusão contribui para a melhora da orientação e mobilidade da pessoa que possui deficiência visual. Devido à atenção que o atleta que o atleta de futebol para cegos dá aos aspectos do jogo acaba desenvolvendo um maior senso de direção e atenção. Com isso, ao andar na rua ele tem mais equilíbrio além de conseguir identificar a direção em que os automóveis estão indo diminuindo consideravelmente o número de acidentes. A melhora na postura corporal é outro, de vários benefícios, algo que o futebol também proporciona para os cegos. Como o contato físico é constante entre os jogadores, o atleta consegue ter uma postura correta no dia a dia. Atualmente, o futebol para cegos é praticado em mais de trinta países. Sua estreia oficial em Jogos Olímpicos para pessoas portadoras de deficiência – Paraolimpíadas – ocorreu em 1994, na cidade de Atenas. Desde então, os atletas dessa modalidade vêm sendo reconhecidos, especialmente no Brasil, país vencedor do futebol de cinco nos Jogos de Atenas. A bola utilizada nas partidas deve apresentar as seguintes características: esférica, com circunferência entre 60 e 62 centímetros e ser de couro ou qualquer outro material adequado. A sua grande particularidade reside no som que ela emite, para que os jogadores possam percebê-la na quadra. Esse sistema de som é geralmente composto por guizos, que fazem barulho conforme a bola se movimenta.
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Corridas com auxílio de guias
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aprendizagem da pessoa com deficiência visual no atletismo deve respeitar a individualidade do aprendiz, partindo do conhecimento e das incapacidades sensoriais do aluno. O primeiro passo para uma aula de corrida é o reconhecimento do espaço, tanto para o aluno cego quanto para o de baixa visão. É fundamental conhecer as dimensões (largura e comprimento) do local, percebendo os obstáculos, se houver, e reconhecendo referências que possam auxiliar na orientação espacial (sons, cheiros ou luz em determinados pontos). Assim é possível criar, o mapa mental do ambiente, diminuindo o medo do imprevisto. Toda vez que tiver alguma alteração do meio é muito importante que aluno saiba desta mudança. Para correr, o aluno poderá estar acompanhado de um guia, que irá orientar o corredor em seu deslocamento. O guia poderá correr ao lado do aluno e ligado a este por uma corda entre as mãos, ou mão e braço ou ainda segurando na camisa do corredor cego. Nunca poderá puxar, empurrar ou lançar o atleta à frente, estas ações prejudicam o desenvolvimento motor do iniciante, exceto quando, durante o início da aprendizagem, tais ações são caracterizadas por um comando que traga proteção aos alunos. Com o aluno de baixa visão o guia pode correr, também, ao lado dando informações verbais, além da tátil.
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Tapper
Na natação competem atletas com todos os tipos de deficiência (física e visual). As provas são divididas na categoria masculino e feminino, seguindo as regras do IPC Swimming, órgão responsável pela natação no Comitê Paraolímpico Internacional. Contudo, em competições nacionais ou até como apresentação, qualquer distância pode ser feita entre estes deficientes, inclusive, travessias. Há algumas adaptações nas regras da Federação Internacional de Natação (Fina) para as disputas paraolímpicas. Os atletas que tem a deficiência visual recebem o auxílio de um “tapper”, um assistente do nadador. Um deles é posicionado em cada ponta da piscina com um bastão longo equipado com uma bola de espuma ou material macio na ponta. Estes bastões tocam a cabeça do nadador para avisar quando eles se aproximam do fim da piscina, para evitar que eles batam na parede, quando eles estão entre dois ou quatro metros do fim da piscina.
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Curiosidades
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A palavra Paraolímpica significa “Paralela aos jogos Olímpicos” e não paraplégicos.
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Os Jogos Paraolímpicos são o segundo maior evento esportivo do mundo perdendo apenas para as Olimpíadas.
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As Paraolimpíadas de Atlanta tiveram mais de 500 provas esportivas em comparação com as 330 provas esportivas da Olimpíada de Atlanta.Essa razão se dá por existir classificação funcional para os atletas portadores de deficiência em cada modalidade.
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Houve um atleta que saiu das Olimpíadas para os Jogos Paraolímpicos.Pál Szekeres, esgrimista húngaro, conquistou uma medalha de bronze em 1988, mas sofreu um acidente de carro e ficou paraplégico. Hoje participa dos Jogos Paraolímpicos;
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Existem vinte e oito modalidades esportivas nesses jogos. Destas, vinte e cinco já são disputadas, duas serão disputadas pela primeira vez em 2016 e uma ainda não tem sua inclusão prevista.